Consumidores brasileiros estão cada vez mais atentos à questão da sustentabilidade
Um dos setores econômicos mais prejudicados pela crise nos últimos anos, o setor da construção civil voltou a mostrar reação. Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os lançamentos somaram 7.683 unidades em todo o país em agosto, o que colaborou para um total de 56.069 unidades lançadas no acumulado do ano – 9,9% a mais do que o registrado no mesmo período de 2018. Se considerarmos os últimos 12 meses, os lançamentos totalizaram 105.470, resultado que revela um aumento de 15,4%.
Nessa onda de crescimento, o mercado imobiliário vem se reinventando e colocando a sustentabilidade em primeiro lugar, investindo em alternativas ecologicamente corretas e em empreendimentos sustentáveis. Não é à toa que o Brasil já é o quarto país do mundo com o maior número de obras certificadas por sustentabilidade, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos, segundo dados do Green Building Council Brasil (GBC).
Os consumidores brasileiros também estão cada vez mais atentos à questão da sustentabilidade. Não trata-se apenas de uma forma de colaborar com o meio ambiente ou uma conscientização maior que o assunto requer, mas uma maneira de gerar também economia nas despesas de água, luz e condomínio, por exemplo. É por isso que muitas construtoras e incorporadoras têm adotado em seus empreendimentos itens que vão desde a orientação da fachada dos edifícios até o uso de energia solar para o aquecimento de água ou a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos.
De acordo com a Associação Nacional de Construtores de Casas, quem decide comprar um imóvel quer e paga mais por recursos sustentáveis, como eletrodomésticos com eficiência energética, janelas e similares, além de recursos que garantem melhor qualidade do ar. À medida que se espera que as gerações mais jovens entrem no mercado de compra de residências, esse grupo socialmente consciente está atento às características ecológicas e à sustentabilidade incorporadas nos empreendimentos.
CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL Construtoras e incorporadoras estão se dedicando cada vez mais a desenvolver empreendimentos mais econômicos e sustentáveis. Os selos de sustentabilidade certificam serviços e produtos que levam em conta a preservação do meio ambiente, estimulando as empresas do setor a utilizarem seus recursos de maneira racional e econômica, mostrando que, para isso, não é preciso reduzir a qualidade dos projetos.
Os selos ambientais mais utilizados atualmente no Brasil são o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que estabelece os padrões e estratégias necessárias para que sejam criados edifícios sustentáveis – atualmente, 167 países do mundo estão em busca desta certificação para suas edificações, e entre eles, o Brasil ocupa o 4° lugar; o AQUA-HQE, que determina diretrizes que precisam ser seguidas desde o planejamento até a execução dos empreendimentos, a fim de garantir um produto final com menos impacto ambiental e maior conforto aos usuários; entre outros, como o SELO CASA AZUL e o PROCEL EDIFICA.
Frente à competitividade do mercado, além de fornecerem mais credibilidade para as construções, as certificações podem ainda ser um fator de diferenciação do empreendimento no processo de captação de recursos junto a fundos de investimento, uma vez que indicam aos acionistas que aquele projeto está de acordo com as melhores práticas de sustentabilidade.
Assim, para garantir a adequação às técnicas e normas nacionais, reduzir custos e atender às novas exigências dos clientes, a preocupação com os impactos socioambientais não pode mais ser deixada de lado. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por recursos sustentáveis, dando às empresas da cadeia produtiva mais incentivo para incluir essas opções durante o planejamento e a construção. Tudo isso gerará grandes benefícios para o construtor, para o futuro morador da edificação e, claro, para o planeta.
No vídeo abaixo, Adriana Hansen, gerente da unidade de Sustentabilidade do CTE, explica como a empresa abraçou a causa e mostra que sim, é possível construir de uma forma mais inteligente e sustentável.
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